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SANTO ÂNGELO
07 de outubro de 2025
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Opinião

Pés no chão suplicam lugar

  • setembro 19, 2025
  • 3 min read

Comemorar! Comemorar o quê? As guerras findas, ora essa! Comemorar guerras é coisa de doido…, concelebrar insanidades traria ou traz algum alento, benefício, vantagem ou algo semelhante capaz de dar ênfase aos atos extremos, considerando ser atitudes insanas, desvaídas de propósitos, quando o homem demonstra seu lado belicista, arcaico, desmedido, covarde, insano, ao ponto de despejar saraivadas de chumbo sobre adversários, nem sempre adversários, porque por vezes, presentes no fronte, por imposição de governantes escondidos em trincheiras subterrâneas.
Os embates, as guerras são fatos contemporâneos? É evidente que transcende as épocas atuais, pois, o homem peleja ao longo de sua existência, alguns mencionam proceder dos tempos adâmicos, nominam Abel e Caim, conquanto haja destaque para os filhos de Adão e Eva, impera a convicção sobre os dois filhos destes, o remanescente teria edificado uma cidade de grande porte, contudo, tal assertiva esmaece no vasto largo e precisa ser diluída na “salmoura,” ao deparar-se com a questão reprodutiva e o gigantismo de uma cidade e da população sucessora, unicamente filhos de Caim, com quem?
Merece atenção total o fato da comprovada existência de vida em outros elevados, vida física, não apenas espiritual, do “intercâmbio interplanetário,” da exploração mineral do nosso planeta, seres dotados de habilidades intelectuais e, avançados tecnologicamente, o que permite sonharmos com civilizações outras, aliás, as marcas rupestres encontradas nos conjuntos arqueológicos talvez deixam de ser considerados rupestres, para merecer conotação díspar, também toleram a complexidade arquitetônica espantosa, porém, há quem afirme, nem sempre os visitantes exerceram missões pacíficas!
Em nosso solo pampiano e alguns outros redutos do solo brasileiro, as comemorações setembrinas tomam condão todo especial, o pago crioulo se modifica, gaúchos campeiros, espadachins, contempladores se alvorotam, também, os pés no chão suplicam lugar, nutridos pelo pó do pampa – “lustram as suas esporas -,” põem o pala à solear para aliviar o cheiro da naftalina, o Rio Grande baila nos galpões, gaúchos praticam o civismo, todavia, poucos dão rédeas ao pensamento almejando encontrar o único elo de ligação existente entre a Semana Farroupilha com a revolução farroupilha/Guerra dos Farrapos, ainda assim, comemore-se com todo o vigor – o fim da Guerra dos Farrapos, unicamente, para evitar outra luta fratricida!

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Renato Schorr

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