133 cardeais eleitores do conclave já chegaram a Roma

O Vaticano anunciou nesta segunda (5) que todos os 133 cardeais eleitores do conclave já chegaram a Roma.
Os “príncipes da Igreja” se reunirão a portas fechadas na Capela Sistina a partir das 16h30 no horário local (11h30 de Brasília) de quarta-feira (7) e votarão até que um deles obtenha os dois terços (89 votos) necessários para eleição.
Este conclave será o mais internacional da história, com representantes de 70 países dos cinco continentes.
Indefinição
Durante o seu pontificado, Francisco aprofundou a internacionalização do Colégio de Cardeais, escolhendo diversos nomes de regiões periféricas do mundo. Dessa forma, os 133 cardeais eleitores tiveram pouca convivência uns com os outros.
Em conversa com o blog do G1, um cardeal que participará do conclave disse que a eleição que escolherá o sucessor do papa Francisco está em um cenário de completa indefinição, principalmente, em razão do desconhecimento dos participantes em relação aos colegas.
Candidatos
De partida, diante do desconhecimento geral, o nome que tem mais visibilidade é o do italiano Pietro Parolin, ex-secretário de Estado do Vaticano.
Em outra frente, cardeais italianos estão tentando viabilizar a candidatura de Pierbattista Pizzaballa, que é o patriarca latino de Jerusalém e que tem uma atuação importante no diálogo inter-religioso, justamente pela atuação em áreas conflagradas.
Já alguns franceses e representantes de outros países da Europa tentam fortalecer o nome de Jean-Marc Aveline, que é um cardeal de Marselha, na França. Trata-se de um prelado de uma linha de atuação próxima à do papa Francisco, sobretudo, na questão do acolhimento a imigrantes.
Nos últimos dias, surgiu com força uma articulação em torno do nome de Robert Francis Prevost, que era o prefeito do Dicastério para os Bispos na gestão Francisco. Óscar Rodríguez Maradiaga, um influente cardeal de Honduras, passou a defender o nome de Prevost, durante as cerimônias fúnebres do papa Francisco.
Pesa contra o nome de Prevost o fato de ele ser norte-americano, mesmo tendo sido bispo de uma diocese no interior do Peru, porque muitos cardeais resistem à ideia de um pontífice oriundo dos Estados Unidos.
O arcebispo de Manaus, brasileiro Dom Leonardo Steiner, também foi citado como um possível sucessor do papa.
Fonte: g1